segunda-feira, agosto 09, 2010 

Em frente a lira
após o verso
prazer em ser

ao olhar discreto
estilhaços de letras
imaginação em cilindros
rodopios antigos a debruçarem-se dos quadros
um poema solto
antes do outro
um segredo dito
minto: já que vais embora.

quinta-feira, abril 15, 2010 

15:54 (em)

Na coincidência do sentir-se assim
às quartas-feiras...

Assim como num instante do para sempre
do nunca antes ou do nunca mais

São 15:54, trabalho, tenho sono
tento obter milhas no smiles
imagino as minhas saudades

e penso que não quero pensar
em você nunca mais

A coincidência do dia errado:
sentir-se atordoado e desejante

talvez eu seja um Baudelaire flutuante
numa recife azul, metal
melancólica, alcoólica.
Já é quinta? preguiça e postagens
bilhetes, esquinas... fax.

quarta-feira, dezembro 02, 2009 

vida: vida: próximo ano
vida: próximo mês
quando: no próximo dia
onde?
talvez.

Ando sobre as rasas datas
Sonho sob doce música
Penso, e logo digo, nada
Como?
seduz.

Sorte, breve medo tarda
Calo intensivamente
Crime: destino ser semente
Por que?
Mentes.

sábado, maio 02, 2009 

(bobagem)

Viva! a bobagem do mundo
nas boas confusões dos estados
humor sobre o passado
passos avante!
Nem silêncio, nem insipidez
a bobagem séria dos desejos
incontidos
fortes em cheiros e
tímidos
em origem

Bobos! sorrisos... sentido e sem sentido
direto ou entre atalhos
Vivo! a passagem dos estados
as pendulações das horas
Não quero ser estanque de pesares:
bobagem não se deixar ingênuo
novamente.

terça-feira, março 10, 2009 

linhas em céu

Como linhas borradas em rosa
as nunvens desmanchavam-se longe
palavras encantavam prosas
sentidos e horizontes
Pautas imaginadas
sopro do rio entrengue
almas desacompanhadas
olhavam o aparecer do sol
Frente ao correr das águas
o não acontecer:
beijos roubados amarelavam
em sua plenitude de quase ser.


[Nathalia da Mata]

sexta-feira, fevereiro 27, 2009 

Na frente do céu

É carnaval... diga logo
se gosta de mim...

amanhã tudo volta ao normal

[no dia, no exterior mundo
na cegueira
o céu se acalma...
também eu... e o tempo
passou
deixou seu peso
e mais nada.]

Na frente do céu todos confessam.

domingo, janeiro 04, 2009 

Novo Caminho

...
"O rio da minha aldeia não faz pensar em nada."
...
(Alberto Caeiro)

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