terça-feira, março 20, 2007 

*Labyrinth I - Dali











Oisive jeunesse
À tout asservie,
Par délicatesse
J'ai perdu ma vie!

Rimbaud

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(Pra ti, Kleber!)

01:31 | |

domingo, março 18, 2007 

"O poeta torna-se vidente através de um longo desregramento de todos os sentidos".

Rimbaud
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um certo cinismo indigesto
próprio de gente alheia,
de gente esperta
pra quem o resto do mundo é
de gente besta
ou paciente demais
esse cinismo me tira o sangue-frio
as veias, o verbo
tira a calma dos olhos
dos dentes
mas desregra os sentidos!

Na anti-poesia é possível ver a poesia.

Da Mata

03:46 | |

quinta-feira, março 15, 2007 

qualquer coisa se parte
dentro de meus olhos
enquanto seco
conscientemente.
[nada como o não sentir]

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Da Mata

02:43 | |

 

coisas do homem (pós-moderno)

azedo, doente
sem tempo
com fome, saudade
sem sono
armado, magro
sem foda
vermelho, quente
sem carro
com sede, aspirinas
sem cigarro
olhou o céu
não havia
só teto e cortinas
a vida
flores de plástico
morfo
livros empilhados
fiolosofias
sobre o devir
e o barulho insuportável
das goteiras.
as goteiras
as goteiras
as goteiras




[sofre sem ter-me
ainda deixado
saudades minha!]
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02:26 | |

segunda-feira, março 12, 2007 














*(Delacroix, Eugène)




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respirando no intenso encanto do silêncio
paira meu medo.
[Da Mata]

02:52 | |

 

"- ... tenho um recado pras pessoas que
não acreditam em nada: elas estão certas!"

(anônimo)

00:39 | |

quarta-feira, março 07, 2007 

"Bem poderia ter sido levado em conta o pavor que desde pequena me alucina e persegue, os ratos já riram de mim, no passado do mundo os ratos já me devoraram com pressa e raiva."

(Clarice Lispector)

a mim: as baratas!

04:25 | |

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