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quinta-feira, março 15, 2007 

coisas do homem (pós-moderno)

azedo, doente
sem tempo
com fome, saudade
sem sono
armado, magro
sem foda
vermelho, quente
sem carro
com sede, aspirinas
sem cigarro
olhou o céu
não havia
só teto e cortinas
a vida
flores de plástico
morfo
livros empilhados
fiolosofias
sobre o devir
e o barulho insuportável
das goteiras.
as goteiras

as goteiras
as goteiras




[sofre sem ter-me
ainda deixado
saudades minha!]
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Mais um belíssimo poema, Natha. Versos breves, exatamente como o homem pós-moderno, velozes, duros. Gostei demais. Beijão.

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