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domingo, agosto 29, 2004 

Saliva


Só eu sabia
que tinha
uma minha
saliva
em tua doce despedida
e quando via
nossas mãos doídas
de se esperarem pela vida
sentia
a prisão bíblica
atravessar as palavras que havia
para convencer-te, pois não seria
amor como substantivo imperfeito para a peça divina
comédia de dor contínua
que acompanharia
e encantaria
tão absurdamente quanto surpresas definidas
Só tu não entenderias

uma minha
saliva
de grito amargo contra a partida
ainda
hoje em dia.


[Nathalia da Mata]

Adorei estar aqui e sentir um pouca mais de sua sensibilidade;

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