segunda-feira, dezembro 13, 2004 

meia-hora


Quantos segredos me cabem...
O que o vento faz com as árvores
Enquanto espero o tempo
Na praça, os ônibus
O barulho do trânsito vencia o mar
Eu não tinha amores
Os destinos se acomodavam.
Sair da Piedade
Para chegar ao Centro
Tornou-se uma espera vaga
Conto as moedas...
Coloco no bolso
Desconfio de olhares.
Quantos segredos!
O vento modelou as árvores.

[Nathalia da Mata]

quinta-feira, dezembro 02, 2004 

Outro Poeta

[Mario de Andrade]

Eu sou um escritor difícil
Que a muita gente enquisila,
Porém essa culpa é fácil
De se acabar de uma vez:
E só tirar a cortina
Que entra luz nesta escuridez.

(A Costela de Grão Cão)
Por Mario de Andrade

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