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se tornar mais um de meus poemas comuns...
Poesia tal, que me chama em partes e não me
deixa saber sua conclusão...
Agora, é necessário, além das palavras, tinta e textura...
fragilidade e solidez. É necessário linhas que se perdem
em tons e falhas amenizadas por cores...
Essa poesia não veio pronta, mas em construção.
Mas não parece ser nova, mesmo sendo.
Nesta hora, a proposta é fazer o que não se faz.
Então... aparece o borrão...
CONSTRUÇÃO
As paredes sobrepostas como sempre
Atravessavam-se com a pretensão de adormecer
Adormecer para envelhecer
eternamente
e encontrar em novas mãos
o alvorecer
Versos chegaram cedo
e foram breve
Dores mancharam cedo
nascendo o velho
E a construção ficou vazia
de repente
Como um soluço depois do choro
premente.