segunda-feira, abril 09, 2007 

tempo de branco

quando teus passos
não repousam em mim
fica impresso em meu espaço
minha quietude
meu desejo só
mesquinho
estreito
de estar contigo a sós
num canto largo
pálido
e teu

roubaste meu querer
de compainha
e o vazio da liberdade

levaste minhas ruas

os sentidos traidores
do que não sentiria
estão
quando teus olhos
não repousam em mim

roubaste meu pensar
outros mundos
minha vontade de calar a sós
num canto parco
opaco
e meu.

[Nathalia da Mata]

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