Do outro lado do mar
A lua que não era pra ser vista.
Nem escrita havia sido
A epígrafe de qualquer história
Que pudesse talvez ser,
Mas a lua já queria ser vista
E cantava como quem chama o amor
Avermelhava os olhos do que era céu
Ocultava o tempo do que era ser
Nem havia vogais
Balbuciando um início de choro
Que pudesse talvez ser,
Mas a lua queria ser
De quem respirava próximo a lábios
De quem beija
Mas não era pra ser vista
A lua era a epígrafe de outras histórias.
Então o que fazem os heróis
Quando é confusa a bondade?
Nem havia vento
Para contar um pequeno acaso
Nem havia como distrair
Seu sorriso com inocência para o meu
Do outro lado do mar
Esperávamos para sempre
Então o que fazem os heróis
Com o amor?
A lua já chegava no alto da noite
Era cedo ainda.
E por que cantar às cidades e deixá-las?
As pedras protegem a lua, a minha voz.
E os heróis
Escondem seus beijos.
[Nathalia da Mata]
Um dos poemas mais belos que li ultimamente. Bravo, Nathalia. Já guardei aqui, na pasta dos especiais.
Um beijo grande.
Posted by Anônimo | 12:15
Oi Natha!!! Q bom t ver este findi!!! Pena q nao vimos a lua...
Posted by Anônimo | 20:45
ops... assinei errado... hehehehe
Posted by Anônimo | 20:48
Jorgius, foi massa a festinha do BB!
beijos pra tu.
Posted by Da Mata | 00:09
Simplesmente lindo o poema!!
A lua
beleza indescritível....
Bjao
ps:Não esqueça do gravador.
Posted by Anônimo | 00:12
Polly, quando o gravador estar...
as coisas teimam em ser objetivas!
Preto no Branco... com uma poesia
dificil de ser recitada...
ainda assim, pq não tentar gravar,
neh!?
Posted by Da Mata | 15:51
Natha
vc tem razão...
O segredo é não saber q está sendo gravado para não perder o encanto,a magia da liberdade........
É que poemas tão lindos tornam-se quase momentaneos embora eternos ...
Posted by Anônimo | 01:40