PAREDES VELHAS
As paredes mal - feitas enfeitiçaram - me
e pude ver por entrelinhas
entre o pó, caído pela ausência de luz,
que teus olhos invasivos sobrevoavam minha paz
Martelavam as dores no concreto tênue:
espaço a vazio
castelos a casebres
argumentos à realidade.
Enquanto houver sons capazes
de te adormecer
estarei a caminho de teus evasivos
olhos
Quando houver nuvens capazes
de me emudecer
foi tempo suficiente para o pó cobrir teus ínvios
olhos.
Mas entre os sons e as nuvens
Existe somente o agora
Com todo seu poder irracional e melancólico
Por dentro de um medo idiota,
Por fora de um imediatismo insensato.
E é no agora que minha estupidez
apregoa-me meus erros!
[Nathalia da Mata]
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Gostaria de deixar para sempre "Do outro lado do mar" como o
poema de agora (num eterno agora), mas eu não conseguiria acompanhar o "para sempre".
Então, já que estão erguidas as paredes velhas... post!
Paredes velhas
erguem-se entre nós...
Não é simples
abraçar a parede
e ainda assim evolver-te.
Pra tentar
basta saber
que pode perder.
Posted by Da Mata | 02:09
Paredes velhas
erguem-se entre nós...
Não é simples
abraçar a parede
e ainda assim evolver-te.
Pra tentar
basta saber
que pode perder.
Posted by Da Mata | 02:09
É mesmo bem original o estilo lírico que você está desenvolvendo, Natha. "Estarei a caminho dos teus evasivos olhos", que coisa bonita!
Kleber
Posted by Anônimo | 13:39