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terça-feira, março 28, 2006 

A Cama

não há
o que ver lá fora
outrora era sonho
não há
cantos esperançosos
sim: desencanto.


o amanhecer silencioso da rua
evidencia o meu burlar o sono

não, à
cor em misturas,
digo em voz insegura
completa de responsabilidade
não, à
cama do descanso.

dependura-se a noite no horizonte
aprisiona-me o corpo no presente

não há
outros na rua
todos em sono profundo
deitados pelo cotidiano
vivem de remorso e,
sonham.


[Nathalia da Mata]

uqe poema, Nathalia! um dos seus melhores, sem dúvida. vai rapidinho pra minha pasta de especiais.

um beijo.

muito bom.

Só quem se deparou cara a cara
na batalha contra a vastidão
da madrugada sabe...

Parabens, minha Poeta

Na pasta de especias da Márcia:
nem acredito!
:)

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